Hoje celebramos o Dia Mundial dos Rios, lembrado todo quarto domingo de setembro. A data tem como objetivo conscientizar sobre a importância de proteger nossos rios, fundamentais para a vida, o equilíbrio do meio ambiente e o bem-estar da sociedade.
Para muitos moradores, o rio é parte da infância, da juventude e da vida comunitária. É cenário de lembranças contadas com brilho nos olhos por nomes conhecidos da região: Lúcia Pedroso Alves, Jonas Albertino de Amorim, Antônio Vergílio da Silva, Marcos Antônio dos Santos, Odete Caetano de Oliveira e Dinalte Tuiuiu.
Eles recordam com carinho dos piqueniques que reuniam famílias inteiras nas margens, dos desfiles improvisados que viravam festa, das tardes de jogos e brincadeiras, dos encontros de jovens e dos banhos de rio que lavavam não só o corpo, mas também a alma.
Com o passar do tempo o leito do rio mudou. O assoreamento desenhou novas paisagens e em meio às transformações, surgiram praias que se tornaram pontos de encontro e lazer. Algumas delas foram catalogadas pela comunidade, mas muitas ainda permanecem guardadas na memória de quem vive o Coxipó.
Portos e praias ao longo do leito do Coxipó do Ouro
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Porto do Quartel
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Praia de Mané Antônio
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Porto de Sr. Mário
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Praia do Acaiah
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Capão de Bastião (antigamente Porto de captação d’água)
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Praia de Pide Pide (antigamente Porto de Sr. João Pedro de Amorim)
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Porto de Hélio Roder (antigamente Porto de Sr. Donato)
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Porto de Sr. Nilo
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Poção da Corda (antigamente chamado Maria Adiles)
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Praia Principal
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Praia do Meio
Praia de Baixo ou Reúno
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Porto de Dona Zidória
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Porto de Sr. Júlio
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Poço Tembé (o mais fundo da região)
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Poço das Três Pedras
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Figueiral
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Praia do Amor
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Praia da Batec
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Praia da Draga
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Praia do Arraial dos Freitas
E aqui fica um convite: quais outros nomes de praias e portos você lembra? Quais histórias ainda precisam ser contadas? A memória coletiva é feita da contribuição de cada um e este registro só estará completo com a voz da comunidade.
O mistério da Praia Principal
Uma curiosidade: você sabia que a chamada praia principal do Coxipó tem nome? Ela se chama Maria Dias. Foi palco de encontros, eventos, desfiles e mergulhos inesquecíveis e segue viva na lembrança de quem a frequentou.
Um convite à união e à preservação
Entre lembranças e risadas, fica também um alerta sério: o Coxipó mudou e continua mudando. Se queremos que as próximas gerações tenham histórias tão bonitas quanto as de nossos avós e pais, precisamos cuidar do rio. Preservar as margens, evitar o lixo, combater o assoreamento.
Porque, no fim das contas, preservar o Coxipó do Ouro é mais do que cuidar de um rio: é proteger nossas lembranças e garantir que novas histórias continuem sendo escritas às suas margens.
E quem sabe, no próximo piquenique, enquanto alguém contar mais uma história do tempo dos desfiles e dos banhos de rio, possamos rir juntos, mas também refletir que preservar o Coxipó do Ouro é preservar um pedaço de nós mesmos.


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