O Coxipó do Ouro sempre foi mais do que um rio. Para muitos moradores ele é parte da infância, da juventude e da vida comunitária. É cenário de histórias que atravessam gerações, contadas com brilho nos olhos por nomes conhecidos na região: Lúcia Pedroso Alves, Jonas Albertino de Amorim, Antônio Vergílio da Silva, Marcos Antônio dos Santos e Odete Caetano de Oliveira.
Eles lembram com carinho dos piqueniques que reuniam famílias inteiras nas margens, dos desfiles improvisados que viravam festa, das tardes de jogos e brincadeiras, dos encontros de jovens e dos banhos de rio que lavavam não só o corpo, mas também a alma.
Com o passar do tempo, o leito do rio mudou. O assoreamento desenhou novas paisagens e em meio às transformações, surgiram praias que se tornaram pontos de encontro e lazer. Algumas delas foram catalogadas pela comunidade, mas muitas ainda permanecem guardadas na memória de quem vive o Coxipó.
Portos e praias ao longo do leito do Coxipó do Ouro
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Porto do Quartel
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Praia de Mané Antônio
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Porto de Seo Mário
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Praia do Acaiah
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Capão de Bastião
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Praia de Pide Pide
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Porto de Élio Roder
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Porto de Seo Nilo
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Poção da Corda
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Praia Principal (ainda em debate!)
Praia de Maria Dias
Praia do Meio
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Porto de Dona Zidória
Porto de seo Júlio
Poço Tembé
Poço das Três Pedras
Figueiral
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Praia do Amor
Praia da Batec
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Praia da Draga
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Praia do Arraial dos Freitas
E aqui fica um convite: quais outros nomes de praias e portos você lembra? Quais histórias ainda precisam ser contadas? A memória coletiva é feita da contribuição de cada um e este registro só estará completo com a voz da comunidade.
O mistério da “Praia Principal”
Uma curiosidade: a chamada praia principal do Coxipó ainda gera discussões acaloradas. Qual seria o nome verdadeiro dela? Cada família tem sua versão, e talvez seja essa disputa saudável que a torna tão especial. Fica lançado o desafio: qual é, afinal, o nome certo dessa praia que tantas vezes foi palco de encontros e mergulhos inesquecíveis?
Um convite à união e à preservação
Entre lembranças e risadas, fica também um alerta sério: o Coxipó mudou e continua mudando. Se queremos que as próximas gerações tenham histórias tão bonitas quanto as de nossos avós e pais, precisamos cuidar do rio. Preservar as margens, evitar o lixo, combater o assoreamento.
E quem sabe, no próximo piquenique, enquanto alguém contar mais uma história do tempo dos desfiles e dos banhos de rio, possamos rir juntos, mas também refletir que preservar o Coxipó do Ouro é preservar um pedaço de nós mesmos.
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